quinta-feira, 14 de junho de 2012

Catástrofe

Eu já decorei todos os seus traços. Perco o sono e conto cada um deles quando estou em seus braços. Desejo entrar nos seus sonhos quando sinto os seus espasmos sobre o meu corpo, para assim então espantar todos os demônios que estão tentando te alcançar. Os primeiros raios de sol do dia já atravessaram a sua janela e eu ainda não consegui tirar as minhas mãos de você. A sua respiração ficou pesada e o meu coração mais ainda. Nada de sono. Quando você virou de costas para mim, eu percebi que poderia passar o dia inteiro deslizando os meus dedos sobre elas. Eu juro que poderia. Você já deveria saber disso.  Lembro-me daquela noite quente em que você guardou o meu amor no bolso de trás da sua calça jeans, como um papel de bala que a gente guarda para jogar na primeira lata de lixo que aparecer. E eu ainda não consegui tirar as minhas mãos de você. Quão patético isso pode parecer? Sinto-me pequena debaixo dos seus lençóis. Perco o fôlego sem nem me mover. Um sorriso contorna os meus lábios quando os seus pés brincam com os meus. Eu fico com vontade de morrer. "Bom dia." Calo-te com um beijo sempre que você menciona o nome dela. Desejo catástrofes quando as nossas línguas dançam juntas.  De repente encontro-me em um paraíso no inferno quando você me toca. Afogo o meu sorriso em lágrimas invisíveis. Eu só consigo pegar no sono quando encosto a minha cabeça no seu peito mas, infelizmente, quando o amanhã realmente chega, é como se nada disso tivesse acontecido.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Nota de suicídio

Por favor, sorriam. O melhor dia da minha vida será eternizado.